7 de dezembro de 2021
O Encontro dos pastores com Maria, José e o menino Jesus
A tradição cristã nos facilita ter em mente o cenário do local onde nasceu Jesus. A estrebaria, os animais, o menino deitado na manjedoura, Maria e José. E não podemos esquecer os pastores de rebanho. Belém era uma região propícia para a criação de rebanhos ovinos. Certamente os pastores mantinham tradições do povo nômade. Sustentavam-se cuidando dos seus rebanhos. As estrebarias eram seus espaços de descanso, e em suas mediações acampavam, trabalhavam e viviam.
Os pastores foram surpreendidos pelos anjos de Deus que anunciaram a eles a notícia do nascimento do salvador: “Um anjo do Senhor apareceu, e uma luz gloriosa brilhou...E a alegre notícia chegou: Hoje nasceu na cidade de Davi o salvador, o Messias, o Senhor. Os anjos espalharam alegria. Fizeram uma cantata. Cataram “Glória a Deus nas maiores alturas do céu! E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem! (Lc 2.8-14).
Os pastores foram os primeiros a chegar ao local do nascimento do Salvador, ali encontraram Maria, José e o menino na manjedoura. E contaram o que tinham visto e ouvido. Aquele encontro gerou diálogo, acolhida, comunhão, segurança e paz. E Maria guardava as conversas, os relatos e o testemunho em seu coração.
Jesus nasceu em um espaço típico de um povo nômade. Eles eram desprezados, considerados impuros. Os fariseus – grupo religioso da época, os acusavam de enganadores e ladrões. Não tinham direitos civis. A vida e as atividades deles era a mesma dos grandes personagens da Bíblia: Abel, filho de Adão, as famílias de Abraão, Jacó, Arão, Moisés, Davi. Assim viveu a maioria que criou o Estado de Israel, chamado na Bíblia de povo de Deus.
Os pastores de Belém, o povo rejeitado e considerado sem dignidade, foram os primeiros a receberem a notícia do nascimento de Jesus o Salvador. Maria, José e o menino Deus foram acolhidos, recebidos pelos criadores de animais, os pastores de Belém.
No Natal em UNIÃO precisamos destacar essa escolha, essa ação de Deus, revelada no cenário do encontro de José, Maria, o menino Deus com os pastores de Belém. Testemunhamos que o salvador veio para um mundo de contradições, injustiças, exclusões. E, assim, iniciou a sua ação salvadora no mundo a partir dos sem poder e desprezados.
O Natal em União destaca essa ação maravilhosa de Deus, que veio ao mundo para reconciliar, transformar e fazer novas todas as coisas. O menor é o mais importante. Ninguém pode faltar ao banquete da vida. Nasceu no mundo o Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. E a estrabaria, a realidade e o contexto dos desprezados e humildes não lhe são estranhos. E nós, nesse tempo em que vivemos, somos esse povo que necessita da notícia nova da salvação, de diálogo, acolhimento, segurança, paz, amor, e luz para os nossos caminhos.
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