Reflexão:
(baseado nos itens 9 a 12 do texto-base do tema do ano,"No poder do Espírito proclamamos reconciliação", elaborado pelo Pastor Dr. Walter Altmann)
O Espírito nos ajuda a entender o anúncio da verdade que liberta e salva (João 8.32; 16.13). Ele nos abre ouvidos, mente e coração para as dores deste mundo. Ele nos ensina a andar nos passos do Filho de Deus, a andar no Espírito, como escreveu o apóstolo Paulo.
Aprendemos do Espírito Santo a ser pessoas alegres, a viver em paz com as outras pessoas, a sempre falar bem delas; aprendemos a ser gente em quem se pode confiar, aprendemos a ter domínio próprio, a não fraquejar quando as adversidades da vida se abatem sobre nós, a manter sempre viva a chama da esperança. É isto: o Espírito faz de nós pessoas livres que sabem semear esperança e fé no meio onde vivemos e servimos.
Mas o Espírito de Deus faz algo que é essencial no mundo de hoje. Ele restabelece laços rompidos, o que na linguagem bíblica se chama reconciliação. Deus reconciliou consigo mesmo toda a humanidade por meio de Jesus, seu Filho, nosso Senhor (2 Co 5.18). Quer dizer, se havia uma inimizade entre nós e Deus, ele fez uma ponte até nós para reatar as relações rompidas. Jesus é a ponte que nos une novamente ao Deus Criador. Por isto nós o chamamos de Salvador. Porque ele reatou a nossa estreita e íntima amizade com Deus. Prevaleceu o amor de Deus por nós. Esta reconciliação é algo tremendo, que muda a nossa vida e a face do mundo.
No fim de sua vida, já no leito de morte, Lutero afirmou: “Somos mendigos [da palavra de Deus]; esta é que é a verdade.” Necessitamos da ação do Espírito Santo em nós. A medida da fé é sempre – e exclusivamente – a ação do Espírito de Deus que atua em nós, que liberta e reconcilia a nós e ao mundo consigo mesmo. E ele age, como dizem a Escritura e as confissões luteranas, “onde e quando lhe apraz” (CA, artigo 5; cf. João 3.8). Ele é livre em sua ação, mas sua ação é sempre maravilhosa.
Somos testemunhas desta ação maravilhosa do Espírito de Deus. Somos testemunhas da missão de Deus e não podemos negar o convite para dela participar. “Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos”.
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