23 de abril de 2020

Não acreditamos na morte

Isaías 25. 6-9
No monte Sião, o SENHOR Todo-Poderoso vai dar um banquete para todos os povos do mundo; nele haverá as melhores comidas e os vinhos mais finos.
E ali ele acabará com a nuvem de tristeza e de choro que cobre todas as nações.
O SENHOR Deus acabará para sempre com a morte. Ele enxugará as lágrimas dos olhos de todos e fará desaparecer do mundo inteiro a vergonha que o seu povo está passando. O SENHOR falou.
Naquele dia, todos dirão: —Ele é o nosso Deus. Nós pusemos a nossa esperança nele, e ele nos salvou. Ele é o SENHOR, e nós confiamos nele. Vamos cantar e nos alegrar porque ele nos socorreu.

Romanos 5.1-5
Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;
2  por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.
3  E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;
4  e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.
5  Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.

A Palavra de Isaías proclama a esperança em meio as ameaças de guerra, de morte, de derrotas.
Deus revelou ao povo, através dos lideres e dos profetas,  no tempo antes de Cristo, várias esperanças: A volta ao paraíso, o retorno do Rei Davi, e Isaias escreve sua visão sobre o BANQUETE DE TODOS OS POVOS, o fim do sofrimento, o fim da morte.
História, quando lida a partir da fé nos remete a esperança. As primeiras comunidades cristãs, orientadas pelos apóstolos de Jesus, revelam a esperança  que temos hoje: o Novo Céu e a Nova terra, onde habitará paz e justiça, onde não haverá lágrimas e mortes... Pela fé cremos que, por sinais, o Espírito Santo e a presença de Cristo antecipam pedacinhos desse céu e os instalam em nossa realidade. Em meio à morte podemos experimentar a graça da vida – mesmo que ainda não completa. 
É a graça de Deus que evita a morte entre nós, que nos chama para a comunhão, que cria em nós horizontes novos. E, pelo poder do Espírito Santo, instala a esperança, a perseverança, os sinais de amor e de superação.
As ações e gestos de paz e justiça de Deus na história fortalecem a nossa fé. Não temos medo do pecado e da morte, porque foram vencidos por Jesus Cristo na Cruz e na ressurreição.
Cremos no único Deus Pai e Filho e Espírito Santo. Nossos joelhos se dobram diante do nome de Cristo e hospedamos o Espírito Santo, desde o batismo.
Cremos no Deus Pai, Criador de todas as coisas. Tudo procede dele e está sob o seu misericordioso e salvador poder. Confiamos nossa vida e tudo o que temos em suas mãos.
Cremos em Jesus Cristo. O filho que procede do Pai Criador, que veio para a nossa realidade e nela instalou os sinais vivos do Reino de Deus. Ele nos encontrou em nosso pecado e morte e nos reconciliou com Deus a partir do sofrimento da cruz, venceu a morte e ressuscitou. O Deus que na fraqueza revelou a poder da nova vida. Cremos que ele continua presente entre nós, é Deus conosco, continua nos chamando para viver e para participar dos seus sinais da missão de paz e justiça. Ele nos chama para reconhecer os nossos pecados, para retirar as pedras das nossas mãos, arrepender-se e deixar-se nascer de novo. Ele proclamou que nem dinheiro, nem poder humano, nem sabedoria humana, nem honra e caráter – as coisas que pouco temos – podem nos salvar. Mas a nossa fé no seu amor e na sua graça.
Cremos no Espírito Santo.  Aquele que santifica todos nós pecadoras e pecadores. Aquele que tem o poder de transformar a nossa vida, de criar comunhão entre nós, apesar das nossas diferenças e dos nossos erros. Aquele que purifica tal como fogo, aquele que cria a fé em nós e, assim, cria comunidades de fé – a Igreja de Jesus Cristo visível e invisível. Cremos no Espírito Santo que faz novas todas as coisas e revela a eternidade.
Essa é a nossa fé. Assim cremos e confessamos.
Não acreditamos na morte, na vaidade humana. Não cremos nos poderes constituídos, eles passam. Cremos que a vocação da vida é a paz, a justiça, a comunhão, a dignidade, a alegria, a gratidão, a plenitude, o amor e a vida sem fim.
A palavra de Deus diz que Precisamos de humildade e  de criar em nós um espírito bom, despido de ódio, rancor, violência, vaidades e vingança. Assim nasce em nós o júbilo. Um espírito maravilhoso de gratidão, por nossa história recheada de testemunho, de esperança,  de perseverança. Até aqui nos trouxe Deus. E ele, com grande amor, permite nossa participação na sua missão no mundo.
O amor e a gratidão em nossos corações nos elevam para perto de Deus. Abrem os nossos olhos para ver Jesus Cristo entre nós, os seus sinais. Permite-nos receber do Espírito Santo o fortalecimento da nossa fé e da esperança num grande banquete, onde pela fé, o júbilo e a glória envolverão a todos e todas.

Não tenham medo da morte e dos seus poderes, mazelas e enganações. Porque Deus não nos abandonou. E  nao queremos ser abandonados por Ele. Ele confia em nós e nos convida para fazer história, participar dos seus sinais.

Nenhum comentário:

Gálatas 5.25-6.10 - Plantar e colher o bem

Gálatas 5.25-6.10 Conforme João 6.68, Pedro diz a Jesus que Ele tem a palavra da vida eterna. Não tem outro a ser seguido. Pedro pergunta a...