25 de outubro de 2012

Comunidades Cristãs na Cidade


Somos parte da Igreja de Jesus Cristo nas cidades do Brasil. Através das comunidades da IECLB estamos presente em dezenas de médias e grandes cidades. Ali somos testemunhas de Jesus Cristo, proclamamos o amor de Deus e a sua presença entre nós, praticamos os sacramentos e somos evangelizadores, missionários e diáconos. Há muitos anos Deus nos confiou a graça de participar da sua missão nesses contextos. Essa vocação não é uma novidade. Muitos nos antecederam nessa tarefa e esperança.
A Igreja na cidade torna-se visível, imagem humana da presença de Deus, serviço da graça, através da comunidade de fé. Ela reúne pessoas e famílias que, ao viverem a fé em Jesus cristo testemunham a presença de Deus no quotidiano urbano. Pela graça e justificação de Deus são comunidades vivas que integram e interagem com o movimento de vida e morte presente na cidade. Essas pessoas e famílias, que formam as comunidades de fé, carregam consigo os limites da sua condição humana, impactadas pelo quotidiano na cidade. Nessa condição e situação de fragilidade optam em ser Igreja de Jesus Cristo, em especial porque procuram algo novo, alternativo às exigências do cotidiano, por terem sede de sentido e da comunhão com Deus. As comunidades cristãs nas cidades são formadas por pessoas de Deus e do mundo (de Deus). Recebem a santificação e vocação de Deus na sua condição humana, marcada pelos limites, desafios e seduções do contexto urbano. As Comunidades cristãs, formadas por pessoas da realidade urbana que se movimentam e interagem com poderes e forças rompidas com Deus, recebem de Jesus o chamado, e do Espírito Santo o carisma, para servir, acolher, despertar a paz com justiça, construir esperança, revelar a fonte da vida e tornarem-se espaço livre e digno de sinais do reino. Nesse contexto a comunhão com Deus também se transforma em movimento. Onde os desafios da existência humana, as contradições e a simultaneidade da presença da vida plena (de Deus) em meio à morte são imponentes e conduzem o ritmo.
As pessoas que formam as comunidades nas cidades carregam consigo as marcas e influencias da vida urbana, onde tudo está em constante movimento.  Mesmo que a maioria observa códigos da urbanidade e aprendem a existir na multidão, quase nada é amistoso. As disputas por espaço e pela sobrevivência são constantes. O enorme fluxo de pessoas, o trânsito, a troca de mercadorias e serviços, o vai e vem em busca pelas necessidades básicas, a dinâmica de trabalho com suas privações e sacrifícios, a briga por espaços para a convivência pacífica, as interações com a cultura, política, religião e estruturas de poder formam a urbanidade humana. Ela hospeda o belo e o feio, o certo e errado, o grande e pequeno, o forte e fraco, o justo e o pecado, a harmonia e a desigualdade, a comunhão e a brutalidade, o indivíduo e a multidão, que se misturam e tornam-se simultâneos ao ponto de fundirem. Aí está a Igreja de Jesus Cristo invisível, em forma de comunidade humana visível, chamada para servir na missão de Deus.  
No território da cidade a comunidade cristã se toma viva. Ao invés de contribuir somente para a cidade ideal, humanamente sustentável, ela é também chamada para anunciar e, simultaneamente viver, a plenitude da vida que transcende, no limite da condição humana. Tal como o indivíduo na multidão a comunidade cristã interage com a urbanidade e nela sinaliza a novidade, o que há de vir.
Destacamos, em tempo, que a comunidade cristã na cidade não pode ter as características de um espaço para abrigar fugitivos da realidade, da urbanidade. Lembramos aqui da cena bíblica que retrata os discípulos, amedrontados, escondidos em uma casa após o sepultamento de Jesus. A cena é interrompida por Jesus ao entrar naquela casa e anunciar aos escondidos a sua paz. E a paz do ressurreto colocou todos em movimento. A comunidade cristã na cidade tem a vocação de Jesus, a sua paz, para movimentar-se e interagir, sem medo na realidade da simultaneidade, e ali anunciar a presença do Deus Cruz e Ressurreição.

8 de outubro de 2012


João 6.56-69 - Estudo / Exegese


“Ao dar-nos sua vida, Deus não apenas se sacrifica por nós, se faz vulnerável à nossa sorte e à nossa história, mas antes nos dá de verdade sua vida divina” (Juan Luiz Segundo)

Introdução:
Vivemos num tempo em que as pessoas têm acesso a várias propostas de salvação. Geralmente a escolha de uma delas restringe-se a uma tentativa, ao provisório. Perdeu-se o controle social, moral, que fomenta opção por uma identidade permanente. Dissolveu-se a necessidade de clareza religiosa.
Esse estudo propõe o tema da confissão de fé. João apresenta Jesus, o pão que desceu do céu, o Santo de Deus, como o alimento para a vida plena. Trata-se de um tema atualíssimo. A pluralidade religiosa e a tendência de encontrar o que há de vir no presente induzem a relativização da opção e da definição histórica do sagrado. A confissão de fé permanece como um desafio. Muitos preferem a generalização e resistem ao convite para fazer a opção e declarar a sua fidelidade ao Deus que tirou o povo da escravidão e que, em Jesus, tornou-se alimento, o Filho do Homem, o Santo de Deus.

Divórcio e Adultério - Mc 10.2-12

Divorcio
Marcos 10. 2-12
E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher?
Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou Moisés?
E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar.
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento;
Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea.
Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher,
E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne.
Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.
E em casa tornaram os discípulos a interrogá-lo acerca disto mesmo.
E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela.
E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera. 
Através deste texto do Evangelho de Marcos somos confrontados  com o tema matrimônio. As alegrias e desgraças da união da mulher com o homem foi motivo de debate de Jesus com os fariseus e com os discípulos. Também naquele tempo o tema era desafiador, controvertido. As dificuldades do homem e da mulher de repartirem a vida como uma só pessoa, uma só carne, fez surgir a LEI já no tempo de Moisés. Por causa do pecado, da dureza dos corações era preciso separar os casais. O regime Patriarcado, pela lei, deu direito ao homem declarar a separação. Mesmo contra a vontade de Deus.

 Sabemos que a união matrimonial, a união e o amor entre a mulher e o homem participam da criação e da missão de Deus. A Bênção Matrimonial torna público a vontade e o compromisso do homem e da mulher em repartir a vida, sob a santificação do trino Deus. De joelhos, diante da família, amigos e de Deus, tornam-se parceiros e assumem um projeto de vida marcado pelo amor e pela fé. Edificam uma relação de reciprocidade, de complementaridade do homem e da mulher que se transforma, a partir dali, em unidade de vida.

Mas, ... Esse projeto de vida não é fácil de ser vivido e mantido. O lar é o palco do amor, onde se constrói sonhos e reparte os desafios e os sofrimentos, mas ao mesmo tempo, é o palco da violência, da loucura humana, seja ela silenciosa ou ruidosa. Conhecemos os índices de violência, de mortes que acontecem nos lares. Conhecemos os índices de separação e divórcios.

Gálatas 5.25-6.10 - Plantar e colher o bem

Gálatas 5.25-6.10 Conforme João 6.68, Pedro diz a Jesus que Ele tem a palavra da vida eterna. Não tem outro a ser seguido. Pedro pergunta a...