A história do Rio Tietê (Em tupi
guarani: caudal volumoso) é pouco conhecida e valorizada. Ele se destaca entre
os rios de pior qualidade da água que atravessam as grandes cidades do Brasil.
As pessoas que transitam próximo ao Tietê ignoram sua história, grandeza,
recursos hídricos e a sua milagrosa beleza na nascente.
A situação do Rio Tietê, no
entanto, inspira a confirmação da mensagem bíblica de salvação pela fé.
Partilho a minha interpretação.
Nasce no município de
Salesópolis, São Paulo, a 1.027 metros acima do nível do mar, onde emerge 3
metros cúbicos de água por hora. E dali percorre 1.136 km, corta todo o Estado
de São Paulo e segue até a foz com o rio Paraná. Passa por 62 municípios. Um
rio com curso contrário. Mesmo nascendo a 22 km do mar segue para o interior,
para o oeste, invertendo a lógica de que todos os rios correm para o mar.
A nascente do Rio Tietê tem as
características do milagre, beleza e perfeição da Criação de Deus. Podemos
afirmar que as pessoas humanas também nascem tal como o Rio Tietê, com
exuberância, beleza, potencial, missão, um curso a seguir.
Mas em seu percurso depara-se com
a realidade do descaso, do desrespeito, do abuso, da instrumentalização
vampira, da destruição e morte. A população das cidades, com sua ordem social,
cultural, política e econômica descarta o rio e sua riqueza, missão e mensagem.
Crucifica! Crucifica! O rio flui assassinado, morto, por uma expressiva
extensão nas mediações da Região Metropolitana de São Paulo.
Essa etapa do curso do rio remete
aos relatos da crucificação de Jesus, o Filho de Deus, o Cristo. Pode ser
comparada com a situação e realidade humanas, marcadas pela violência,
injustiça, desrespeito, desigualdades, guerras, destruição e morte. Destacamos
também os aparelhos constitucionais ou não de usurpação, manipulação e
exploração, forças que efetivam a morte.
Porém o rio do contrário resiste.
Adiante em seu caminho encontra meios naturais de transformação. Alguns
quilômetros depois da Região Metropolitana de São Paulo, quase que
milagrosamente, vai se limpando. Volta a servir à natureza e aos humanos com
seus recursos hídricos. Uma verdadeira RESSURREIÇÃO.
Esse processo de renovação pode
ser comparado com a proposta de salvação de Deus que incluir o renascimento, “a
nova criatura”, o “simultaneamente livre e pecador”, o amor e o serviço ao
outro, a liberdade e perdão pela fé, e finalmente a ressurreição, a nova vida
em plenitude.
A sina do Rio Tietê tem muitas
mensagens, uma delas é a confirmação que muitas grandezas da Criação de Deus
comunicam a salvação, a graça e o poder de Deus, e os aspectos do seu Reino.
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