Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá.
Não fiquem aflitos, nem tenham medo. (João 14.27)
A verdadeira Paz é um processo em ação. Paz não convive com a injustiça.
Temos paz em nosso mundo? O mundo contém a paz? Temos um mundo e o nosso “mundo”. O nosso “mundo” é sempre do tamanho do nosso umbigo, quando muito, do tamanho do nosso horizonte. Avaliamos o mundo inteiro com os critérios do nosso pequenino mundo. Percebo que somos limitados na visão de mundo e no entendimento e controle do nosso próprio “mundo”, da nossa própria vida. Essa dificuldade, por exemplo, nos impede de perceber, de receber, o presente anunciado por Jesus Cristo: a paz. Aquela que elimina aflição, a angústia e os medos, que cria coragem e liberdade.
Porém, cremos na vida e sonhamos com a paz, apesar dos nossos limites, da nossa fragilidade, da nossa condição efêmera. Convivemos com a dinâmica de vida que pulsa entre os extremos, da morte para a vida. No dia a dia absorvemos um diálogo controvertido e constante com a realidade do mundo, com a realidade da própria vida, sob os impulsos da resistência contra a morte, sob os estímulos da fé e da esperança, da fé na vida e da esperança na paz.
Para simplificar nossa reflexão focamos a dicotomia, ou os extremos, entre a paz e a violência.
Paz e violência não são fenômenos naturais ou sobrenaturais. Paz e violência fazem parte das relações humanas e sociais. A violência, por exemplo, não é uma doença ou uma epidemia. Ela é real e é expressão da ação humana. Ela já está incorporada em nós de forma direta, estrutural e cultural. Verificamos que não basta somente resistir à violência, ou à cultura da violência, mas é preciso optar por uma cultura da paz. Trata-se de uma novidade de vida que pode calhar em nossa cabeça, em nossas relações pessoais e comunitárias, em nossas casas, ruas, comunidades, cidades, em toda a nossa vida.
A verdadeira paz é um processo em ação, um grande movimento de mudança, de transformação, puxado pelas pessoas que são violentadas, ameaçadas, caladas e desclassificadas. A paz é uma grandeza a ser vivida que sobrevive a cultura da paz privatizada. Por exemplo, o jargão; deixe-me em paz... ou, “Eu quero uma casa no campo, um quintal, um jardim... eu quero viver em paz” – significa eu quero viver isolado, indiferente, protegido de tudo e de todos.
Paz não convive com a injustiça, com a passividade e a indiferença. A paz leva a solução dos problemas, dos conflitos, conduz para a dignidade e a vida em plenitude. A paz desenvolve dentro da pessoa humana, na mente e no corpo, ancorada a um estilo de vida renovado. A paz não é apenas a ausência de conflitos, mas um processo humano que passa por um caminho de entendimento, de respeito, de diálogo, de superação, de espírito bom e de cooperação. O ser humano não nasceu com os valores e a noção da paz. A paz é uma construção individual e coletiva, fruto de um consenso construído no processo de relacionamento das pessoas, nos extremos entre a morte e a vida.
Relacionamos com pessoas que são a favor da cultura da paz. Mas, lhes falta uma interação com grupos e comunidades que caminham no caminho da paz. Conhecemos pessoas desligadas da realidade e indiferentes aos conflitos e à violência. Também há pessoas entre nós que são a favor da pena de morte, a favor da violência pela violência, caminham tranquilamente pelo caminho do conflito e da guerra. No seu horizonte esse é o melhor caminho. Outras buscam abstrair-se da realidade através da música, da droga, do isolamento e da violência. E muitos, por graça, acreditam no presente de Cristo, na paz. Crêem na vida e vivem no caminho da paz.
Porém, cremos na vida e sonhamos com a paz, apesar dos nossos limites, da nossa fragilidade, da nossa condição efêmera. Convivemos com a dinâmica de vida que pulsa entre os extremos, da morte para a vida. No dia a dia absorvemos um diálogo controvertido e constante com a realidade do mundo, com a realidade da própria vida, sob os impulsos da resistência contra a morte, sob os estímulos da fé e da esperança, da fé na vida e da esperança na paz.
Para simplificar nossa reflexão focamos a dicotomia, ou os extremos, entre a paz e a violência.
Paz e violência não são fenômenos naturais ou sobrenaturais. Paz e violência fazem parte das relações humanas e sociais. A violência, por exemplo, não é uma doença ou uma epidemia. Ela é real e é expressão da ação humana. Ela já está incorporada em nós de forma direta, estrutural e cultural. Verificamos que não basta somente resistir à violência, ou à cultura da violência, mas é preciso optar por uma cultura da paz. Trata-se de uma novidade de vida que pode calhar em nossa cabeça, em nossas relações pessoais e comunitárias, em nossas casas, ruas, comunidades, cidades, em toda a nossa vida.
A verdadeira paz é um processo em ação, um grande movimento de mudança, de transformação, puxado pelas pessoas que são violentadas, ameaçadas, caladas e desclassificadas. A paz é uma grandeza a ser vivida que sobrevive a cultura da paz privatizada. Por exemplo, o jargão; deixe-me em paz... ou, “Eu quero uma casa no campo, um quintal, um jardim... eu quero viver em paz” – significa eu quero viver isolado, indiferente, protegido de tudo e de todos.
Paz não convive com a injustiça, com a passividade e a indiferença. A paz leva a solução dos problemas, dos conflitos, conduz para a dignidade e a vida em plenitude. A paz desenvolve dentro da pessoa humana, na mente e no corpo, ancorada a um estilo de vida renovado. A paz não é apenas a ausência de conflitos, mas um processo humano que passa por um caminho de entendimento, de respeito, de diálogo, de superação, de espírito bom e de cooperação. O ser humano não nasceu com os valores e a noção da paz. A paz é uma construção individual e coletiva, fruto de um consenso construído no processo de relacionamento das pessoas, nos extremos entre a morte e a vida.
Relacionamos com pessoas que são a favor da cultura da paz. Mas, lhes falta uma interação com grupos e comunidades que caminham no caminho da paz. Conhecemos pessoas desligadas da realidade e indiferentes aos conflitos e à violência. Também há pessoas entre nós que são a favor da pena de morte, a favor da violência pela violência, caminham tranquilamente pelo caminho do conflito e da guerra. No seu horizonte esse é o melhor caminho. Outras buscam abstrair-se da realidade através da música, da droga, do isolamento e da violência. E muitos, por graça, acreditam no presente de Cristo, na paz. Crêem na vida e vivem no caminho da paz.
Guilherme Lieven
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