Meu arquivo de textos
Textos para as atividades teológicas e pastorais.
15 de agosto de 2024
Gálatas 5.25-6.10 - Plantar e colher o bem
Gálatas 5.25-6.10
Conforme João 6.68, Pedro diz a Jesus que Ele tem a palavra da vida eterna. Não tem outro a ser seguido. Pedro pergunta a Jesus: Para quem iremos?
O apóstolo Paulo na carta aos Gálatas escreve sobre esse mesmo tema de forma diferente. O apóstolo Paulo escreve sobre o Espírito de Jesus. Não há outro a seguir, senão aquele que tem o Espírito de Deus.
Vamos ouvir e refletir sobre o texto, Gálatas 5.25 a 6.10:
“Que o Espírito de Deus, que nos deu a vida, controle também a nossa vida! Nós não devemos ser orgulhosos, nem provocar ninguém, nem ter inveja uns dos outros. Meus irmãos, se alguém for apanhado em alguma falta, vocês que são espirituais devem ajudar essa pessoa a se corrigir. Mas façam isso com humildade e tenham cuidado para que vocês não sejam tentados também. Ajudem uns aos outros e assim vocês estarão obedecendo à lei de Cristo. A pessoa que pensa que é importante, quando, de fato, não é, está enganando a si mesma. Que cada pessoa examine o seu próprio modo de agir! Se ele for bom, então a pessoa pode se orgulhar do que fez, sem precisar comparar o seu modo de agir com o dos outros. Porque cada pessoa deve carregar a sua própria carga. A pessoa que está aprendendo o evangelho de Cristo deve repartir todas as suas coisas boas com quem a estiver ensinando. Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é isso mesmo que colherá. Se plantar no terreno da sua natureza humana, desse terreno colherá a morte. Porém, se plantar no terreno do Espírito de Deus, desse terreno colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem. Pois, se não desanimarmos, chegará o tempo certo em que faremos a colheita. Portanto, sempre que pudermos, devemos fazer o bem a todos, especialmente aos que fazem parte da nossa família na fé.”
O apóstolo Paulo propõe aos membros da Comunidade em Gálatas escolherem o evangelho de Jesus Cristo para viverem. O evangelho de Jesus constrói a comunhão com o Espírito de Deus, que transforma e dá a vida. Essa escolha produz frutos bons, motiva fazer o bem, a amar, a ser acolhedor e solidário. O evangelho e o Espírito de Deus tornam-nos livres das tentações da morte, fazem-nos imagens de Deus no mundo, enobrecem nossas ações, nossa vida. Com o espírito de Deus não conseguimos odiar, amaldiçoar, julgar, condenar, dar falso testemunho, roubar e matar.
A palavra de Deus em Gálatas fala em plantar e colher. Se plantamos no jardim da natureza humana colhemos a morte. Se plantamos no terreno do Espírito de Deus colhemos o bem, a vida, a justiça, a paz a eternidade. Viver o evangelho em comunhão com o Espírito de Deus cultivamos jardins de acolhimento e solidariedade, de esperança e bênçãos, cultivamos a herança da eternidade.
Somos chamados a não nos afastarmos do Espírito de Jesus, o Espírito de Deus. Não nos cansarmos de fazer o bem. Pois, se não desanimarmos, chegará o tempo certo em que faremos a colheita.
Como estão os nossos jardins plantados no terreno do Espírito de Deus, os jardins do acolhimento e solidariedade, frutos do evangelho de Jesus? O mundo ainda vive pela graça de Deus. Estão presentes no mundo forças humanas de solidariedade e de acolhimento. Há milhares de comunidades de Jesus Cristo no mundo. Milhares de pessoas são ajudadas, amadas, acolhidas, orientadas, curadas, amparadas, guiadas. Milhões de crianças nascem e crescem sob o cuidado humano. Milhões de jovens recebem formação e capacitação para trabalhar e servir. Homens e mulheres vivem ainda parcerias matrimoniais, se ajudam, amam e cultivam o espírito da vida. Milhões de idosos são ouvidos, amparados e abrigados. Há solidariedade e acolhimento aqui em todos os lugares no mundo. Deus está presente e temos motivos para louvá-lo.
Mas, ao mesmo tempo, milhões estão peregrinando no mundo, estão migrando fugindo do ódio, das guerras, da fome, da falta de emprego. Buscam sustentabilidade para a vida. Aqui e no mundo há governos que pregam o ódio e promovem a morte, a guerra, alimentam-se do conflito e da perdição da natureza humana. O espírito humano pecador também está presente em todos os lugares. Ali está o cultivo das ervas daninhas que promove a destruição dos recursos ambientais, que festeja a cultura do desperdício, da exploração e da injustiça. Cultivam a violência, o abandono, o sofrimento e o descompromisso com a vida. Essa lavoura do mal contamina e ameaça a Criação de Deus e a humanidade. Há uma multidão de pessoas dominadas pelo espírito da natureza humana vazios do Espírito de Deus e da prática do evangelho de Jesus. Vivem para si mesmas.
Há cidades que não acolhem os migrantes, os sem teto, os desempregados, desamparados e solitários. Há países e povos arruinados.
Na verdade, estamos em perigo. A vida no mundo está ameaçada. Por isso, o nosso maior tesouro é o evangelho de Jesus. Vale o evangelho! Vale o chamado para semear no jardim do Espírito de Deus! Vale a misericórdia, que através da presença do espírito de Deus em nós e no mundo insiste em nos chamar para a vida. Produzir e colher solidariedade e acolhimento, amor sem fim, perdão e salvação.
Clamamos a Deus para fortalecer nossa opção em viver com o seu Espírito. Que nossas ações de fazer o bem, de plantar no jardim que dá frutos de solidariedade e acolhimento sejam sustentados e abençoadas.
21 de outubro de 2022
Liberdade
A definição de liberdade aguça debates, críticas e opiniões. A poetisa
Cecília Meireles destacou: “'Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda!” (Romanceiro da
Inconfidência). A palavra liberdade é também usada para autorizar ações de ódio,
de destruição e de acepção de pessoas. O debate sobre liberdade é constante e
polêmico. Já em 1520, Martim Lutero ensinou sobre a liberdade cristã. Afirmou:
"um cristão é senhor livre sobre todas as coisas e não está sujeito a ninguém -
pela fé. O cristão é servidor de todas as coisas e submisso a todos - pelo amor"
(Livro: Da Liberdade Cristã). Jesus, nosso salvador anunciou: “E conhecerão a
verdade, e a verdade os libertará” (João 8.32). A vida livre é uma dádiva de
Deus. Pela fé, somos livres. A fé nos leva a amar e a conhecer a verdade de Deus
que nos liberta da morte e dos poderes que geram morte. Conforme Martim Lutero,
a única força que pode nos escravizar é o amor. A vida livre, escrava do amor,
criada por Deus em Jesus Cristo, é a condição primária e singular que remete o
ser humano a resistir contra os poderes da escravidão e a construir espaços de
dignidade, justiça, igualdade e paz, onde a liberdade é visível e real. Nesse
tempo de debate político, de julgamentos e violências, em uma sociedade
dividida, a verdade e a liberdade cristãs são luz. Nesse tempo perigoso, apesar
dos nossos limites é possível anunciar a verdade da vida. Viver e criar
liberdade, gerar gestos e ações de amor. Concretizar o sonho humano de
liberdade.
Eleições 2022
Chegou o dia de exercermos o nosso direito de votar. Venho pedir que você ore,
vote e ore. Antes de votar, logo de manhã, peça a Deus para te conceder e dar ao
povo brasileiro um dia abençoado, de paz. Peça a Deus para te dar o Espírito de
Jesus, e assumir o voto com sabedoria, discernimento e fidelidade ao evangelho.
Você votará 5 vezes: deputado estadual, governador do estado, deputado federal,
senador e presidente da república. Comparo o seu e o meu voto como sementes, que
conforme a nossa escolha, poderão cair do terreno da natureza humana e, nesse
caso, produzirão frutos do mal, ou essas sementes poderão cair no terreno do
Espírito de Deus, e ao ser guiado por Ele produzirão frutos do bem, da
solidariedade, da dignidade, frutos de vida. Semeie os seus votos, no terreno
que as transformarão em um grande jardim de esperança, de vida abençoada por
Deus. Falo isso inspirado pelo texto bíblico do livro de Gálatas 6. 7-10 – Leia
e medite sobre essa palavra, ainda antes das eleições. Você e eu conhecemos os
mandamentos de Deus: não cobiçar, não dar falso testemunho, ou fabricar notícias
falsas, não adulterar, roubar, matar, desrespeitar, desonrar, não tomar o nome
de Deus em vão, cuspir no nome do Senhor Jesus Cristo com palavras e ações e, o
principal mandamento, amar a Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo com
a si mesmo. Conhecemos a Bíblia, a Palavra de Deus, o evangelho de Jesus Cristo.
Não temos motivos para jogar fora, no espinheiro, os nossos votos, as nossas
sementes. Nessas eleições deixe o Espírito de Deus te guiar. E após a sua
participação nas eleições volte a orar a Deus e agradecê-lo pela dádiva de
semear vida em nosso país e em nosso estado. Abençoe-te o Deus da graça e do
amor. Amém.
Vivos e livres
Vivos e livres! Tempo difícil. Poucos temem a Deus. Muitos não têm medo do mal e
dele não se afastam (Jó 28.28). Nesse tempo confuso precisamos evitar que a luz
que Deus nos deu se transforme em trevas (Lc 11.35) Em nossas comunidades em
outubro reencontramos novamente com o tempo da reforma. Celebrar é preciso para
não perdermos os valores e os tesouros, herdados da Reforma da igreja. Já em
novembro chega para nós o tema da morte e da ressurreição. Dádivas salvadoras de
Deus que nos sustentam nesse tempo difícil e confuso para nos encontrarmos com a
liberdade e a vida. As dádivas de Deus que nos iluminam e nos impulsionam. E,
pela fé, fazem-nos apaixonar pela vida, doada e revelada em Jesus Cristo. Tudo
que está nas Escrituras foi escrito para nos ensinar, a fim de que tenhamos
esperança por meio da paciência e da coragem que as escrituras dão. (Romanos
15.4) Tempo de construir esperança em meio as trevas. A esperança abre os nossos
olhos e nos conduz. Afasta-nos do mal, das marcas do pecado e ilumina nosso
caminho. A esperança cria a coragem de ver no outro e na vida comunitária uma
possibilidade de comunhão, uma oportunidade de viver a fé em Deus. A coragem e a
luz que procedem de Deus têm o poder de iluminar nossas vidas, casas, comunidade
e pedacinhos das nossas cidades. Sem a luz de Jesus Cristo os poderes que gostam
das trevas e do mal chegam devagarinho e tomam morada. Invadem nossas vidas, a
comunidade, a igreja e a cidade. Temer a Deus, afastar-se do mal, firmar-se na
luz de Cristo com coragem, viver em comunhão, nos faz livres e vivos.
2 de março de 2022
Estamos prontos para o novo?
Há sinais de graça e de paz. O poder de morte da pandemia está se definhando. Certamente chegarão dias melhores, dias de graça e de fé no novo que virá e, em fragmentos, já está presente. Estamos no tempo de advento da pós pandemia, em gestação, grávido de novidades.
Precisamos primeiro olhar com atenção e cuidado, para o que já acontece entre nós. Antes de reunir muitas ideias e correr o risco de flutuar da realidade e do contexto em que vivemos, ou arriscar opiniões e diagnósticos infundados sobre o que vem por aí. Vamos olhar com curiosidade e amor para as atividades das comunidades, dos grupos, das lideranças, dos membros. Qual o nível da nossa fidelidade e compromisso com a vida comunitária de fé, com nossas ações de amor, com a nossa participação na missão de Deus?
Percebemos que vamos estar bem com o novo que virá se promovemos o melhor em tudo o que já está vivo, que está em movimento em nossa vida comunitária de fé.
Mas precisamos também reconhecer o pecado de posturas e ações que apressadamente condenam ou negam o presente, sem aprender do que está em curso, que está acontecendo. Não edifica a comparação viciosa daquilo que agora acontece com o passado, com o que escolhemos lembrar do passado. O retorno ao passado compromete o futuro. Jesus ensinou em Lucas 9. 62: “Quem começa arar a terra e olha para trás não serve para o Reino de Deus”. Essa palavra de Jesus fala para nós e nos fortalece. Ter atenção e foco no que está à nossa frente. Se olharmos para trás perdemos o foco e não conseguimos servir ao novo que virá. Ao passado devemos gratidão. E o futuro exige nossa dedicação.
A Igreja de Jesus Cristo, sua dinâmica e poder transformador é um movimento vivo. Ao passado cabe ações de graças, gratidão. Ao novo faz-se necessário desenvolver a capacidade de ver e ouvir, a coragem de envolver-se com o desconhecido, com o frágil, com o que extraordinariamente procede das mãos de Deus.
Rumo ao novo, mesmo que em parte desconhecido, faz bem conceber que há um nível de fragilidade presente nesse caminho. Essa percepção leva à necessidade de cultivar o fortalecimento da fé, da evangelização, do envolvimento em ações de amor. Recebemos essa força quando construímos comunhão, praticamos o evangelho e nos motivamos para caminhar juntos, em comunidade. Sabemos que a construção de comunhão e a movimentação conjunta exigem preparação, atualização e motivação de todas e todos: membros, cada pessoa batizada, lideranças, presbíteros, presbíteras, coordenadores e coordenadoras, ministros e ministras. Oramos a Deus: Vem com o seu Santo Espírito e desperte todas e todos nós para o novo, para o que vem. Dá-nos a vida, dá-nos liberdade, dá-nos a salvação.
24 de fevereiro de 2022
Abandonaram Jesus
No passado e nos tempos de hoje perguntamos: Para onde iremos? Para quem iremos? Essas dúvidas surgem de um enorme vazio: falta amor, diálogo, comunhão, pão, dinheiro, justiça, solidariedade, partilha, alegria, gratidão. O que vai acontecer? Onde ancorar o nosso barco? Em qual fundamento construir a nossa vida?
O Evangelho de João (6.7-8) narra uma crise. Em certo momento muitos que seguiam Jesus o abandonaram. Então Jesus perguntou aos seus discípulos mais próximos: Vocês também querem ir embora? Simão Pedro responde: Quem é que vamos seguir? O Senhor tem as palavras que dão vida eterna. Na crise daquele tempo, Pedro e os demais discípulos optaram em seguir ao Deus que veio ao mundo iluminar a escuridão, fundamento permanente, eterno, a vida que permanece – o Cristo de Deus – a presença salvadora de Deus na vida e no mundo.
Hoje acontece um esvaziamento dos fundamentos e valores da vida. Cada um passou a ser o centro e o juiz de tudo e de todos. Abandonaram Jesus Cristo. Outros fizeram pior: Criaram um Jesus semelhante ao cachorrinho de estimação, e o domesticaram. Fazem discursos, espetáculos e passeatas, para dar voz e cultivar a imagem do cachorrinho que “adoram”.
Porém, nós temos a opção de Pedro e dos discípulos. Dizer a Jesus Cristo: O Senhor tem as palavras da vida eterna, o caminho, a verdade e a vida. Tu és o fundamento. Vamos te seguir. Fazer o bem. Amar de fato e de verdade. Viver em comunidade. Anunciar o evangelho. Construir esperança, sustentar espaços que abrigam ações de diaconia e de paz.
O Evangelho de João (6.7-8) narra uma crise. Em certo momento muitos que seguiam Jesus o abandonaram. Então Jesus perguntou aos seus discípulos mais próximos: Vocês também querem ir embora? Simão Pedro responde: Quem é que vamos seguir? O Senhor tem as palavras que dão vida eterna. Na crise daquele tempo, Pedro e os demais discípulos optaram em seguir ao Deus que veio ao mundo iluminar a escuridão, fundamento permanente, eterno, a vida que permanece – o Cristo de Deus – a presença salvadora de Deus na vida e no mundo.
Hoje acontece um esvaziamento dos fundamentos e valores da vida. Cada um passou a ser o centro e o juiz de tudo e de todos. Abandonaram Jesus Cristo. Outros fizeram pior: Criaram um Jesus semelhante ao cachorrinho de estimação, e o domesticaram. Fazem discursos, espetáculos e passeatas, para dar voz e cultivar a imagem do cachorrinho que “adoram”.
Porém, nós temos a opção de Pedro e dos discípulos. Dizer a Jesus Cristo: O Senhor tem as palavras da vida eterna, o caminho, a verdade e a vida. Tu és o fundamento. Vamos te seguir. Fazer o bem. Amar de fato e de verdade. Viver em comunidade. Anunciar o evangelho. Construir esperança, sustentar espaços que abrigam ações de diaconia e de paz.
Meditação Lucas 6.27-38
Lucas 6.27-38
Destaco nessa meditação: O amor ao inimigo e O chamado para sermos misericordiosos tal como o é nosso Pai. O mandamento do amor ao inimigo atualiza a lei do povo de Deus que exigia amar o próximo, os compatriotas, e os estrangeiros que viviam em suas terras. (Lv 19.18). Também a ética do Olho por olho e dente por dente (Lv 24.19s) é atualizada. Conforme relato no evangelho de Lucas conhecemos o mandamento do amor ao inimigo anunciado por Jesus. Jesus atualiza o mandamento. Amar o inimigo é não imitar o inimigo, não fazer tal como ele faz – Como está escrito em 1 Tessalonicense 5 : não retribui o mal com o mal, mas fazer o bem. Lucas escreve para grupos e comunidades formados por pessoas da cultura grega, chamados de gentílicos. Muitos eram os inimigos dos cristãos. O texto nos permite uma lista de inimigos daquela época: Os que odiavam, que amaldiçoavam, que maltratavam, os que batiam no rosto – desrespeitavam, que roubavam a roupa – a capa – do outro, os que tiravam os bens, recebiam empréstimos e não devolviam, os que julgavam e condenavam. Certamente os grupos e comunidades cristãs eram perseguidos, humilhados e desconsiderados. Em todo o texto está presente o chamado para fazer a diferença. A comunidade de Jesus Cristo é chamada para vencer o mal com a misericórdia, com o amor. O texto fecha com a admoestação para amar, perdoar, emprestar, não julgar, doar a roupa toda – se preciso – Fazer ao outro, à outra, a mesma coisa que gostaria que elas fizessem por você. Ser misericordioso assim como é o Pai. Essa é a diferença: Ser misericordioso assim como é o vosso Pai. Nesse texto aprendemos de Jesus que os filhos e filhas de Deus precisam fazer a diferença. Ter a coragem de fazer mais do que o que todos fazem. – Disse: Os maus também amam os maus. Os maus também ajudam os maus. Jesus diz que é preciso imitar a Deus – Ser misericordiosos como Deus é misericordioso, ao ponto de amar o inimigo. Essa nova ética proposta por Jesus, viver a ação misericordiosa de Deus. Prática que leva os cristãos a fazerem a diferença. Ou seja, não ser, não se comportar, não agir como os maus. A promessa de Deus, que haverá um novo céu e uma nova terra – Apocalipse; o anúncio de um banquete em que todos os povos participarão, são anúncios da futura ação de Deus. A salvação, a misericórdia de Deus criarão a plenitude de vida eternamente. Jesus traz para o mundo o A ação futura de Deus é o fundamento para o mandamento do amor ao inimigo. Esse mandamento chama filhas e filhos de Deus, libertados pela graça, para imitar Deus, o Pai misericordioso. Pela graça e fé, ao imitarmos Deus no mundo, nos incluímos no novo, na plenitude que virá das mãos de Deus. Amar o inimigo ilumina o presente, com o que há de vir – a nova Criação sem ódio, violência, humilhação, julgamento, humilhação, roubo, injúria, perseguição. Essa é a promessa de Deus. Essa palavra do evangelho de Lucas nos desafia a perguntar pelos nossos inimigos. Identificá-los. Muitos são os nossos inimigos, que também são inimigos de Deus. Todos os seres humanos que odeiam seus pais, Pais que odeiam filhos, que matam, roubam, adultera, mentem e praticam injuria, cobiçam, humilham, perseguem ... são inimigos da vida no mundo e inimigos de Deus. Nós mesmos podemos agir como inimigos uns dos outros e de Deus. Há inimigos entre nós, na comunidade, em muitos lares, na rua, no trabalho nos espaços de lazer, no trânsito, em todos os lugares. Entre nós e na sociedade – lá onde estiver o ser humano haverá violência, ódio, condenação, perseguição, roubos, humilhações, desprezo, ganância, mentira, ilusão. Mas Deus pode transformar, salvar os seres humanos. Com fé em Deus e praticando a sua misericórdia, nós pecadoras e pecadores podemos construir comunhão, armazenar bênçãos, descobrir o sentido para a vida, cuidar uns dos outros, receber coragem para servir, nos organizar em comunidade do Salvador Jesus Cristo e fazer a diferença. Quando praticamos a misericórdia de Deus, ganhamos a graça de no mundo participar dos sinais e da luz que aponta para o futuro, a plenitude da vida. Onde não haverá inimigos. O amor ao inimigo é mais um motivo que nos tornam sedentos de comunhão com Deus, de ouvir a sua palavra, de participar dos seus sacramentos, louvar, adorar, construir, sustentar comunidades, organizar grupos para agir, amar, cuidar, ouvir e falar, testemunhar e servir.
Destaco nessa meditação: O amor ao inimigo e O chamado para sermos misericordiosos tal como o é nosso Pai. O mandamento do amor ao inimigo atualiza a lei do povo de Deus que exigia amar o próximo, os compatriotas, e os estrangeiros que viviam em suas terras. (Lv 19.18). Também a ética do Olho por olho e dente por dente (Lv 24.19s) é atualizada. Conforme relato no evangelho de Lucas conhecemos o mandamento do amor ao inimigo anunciado por Jesus. Jesus atualiza o mandamento. Amar o inimigo é não imitar o inimigo, não fazer tal como ele faz – Como está escrito em 1 Tessalonicense 5 : não retribui o mal com o mal, mas fazer o bem. Lucas escreve para grupos e comunidades formados por pessoas da cultura grega, chamados de gentílicos. Muitos eram os inimigos dos cristãos. O texto nos permite uma lista de inimigos daquela época: Os que odiavam, que amaldiçoavam, que maltratavam, os que batiam no rosto – desrespeitavam, que roubavam a roupa – a capa – do outro, os que tiravam os bens, recebiam empréstimos e não devolviam, os que julgavam e condenavam. Certamente os grupos e comunidades cristãs eram perseguidos, humilhados e desconsiderados. Em todo o texto está presente o chamado para fazer a diferença. A comunidade de Jesus Cristo é chamada para vencer o mal com a misericórdia, com o amor. O texto fecha com a admoestação para amar, perdoar, emprestar, não julgar, doar a roupa toda – se preciso – Fazer ao outro, à outra, a mesma coisa que gostaria que elas fizessem por você. Ser misericordioso assim como é o Pai. Essa é a diferença: Ser misericordioso assim como é o vosso Pai. Nesse texto aprendemos de Jesus que os filhos e filhas de Deus precisam fazer a diferença. Ter a coragem de fazer mais do que o que todos fazem. – Disse: Os maus também amam os maus. Os maus também ajudam os maus. Jesus diz que é preciso imitar a Deus – Ser misericordiosos como Deus é misericordioso, ao ponto de amar o inimigo. Essa nova ética proposta por Jesus, viver a ação misericordiosa de Deus. Prática que leva os cristãos a fazerem a diferença. Ou seja, não ser, não se comportar, não agir como os maus. A promessa de Deus, que haverá um novo céu e uma nova terra – Apocalipse; o anúncio de um banquete em que todos os povos participarão, são anúncios da futura ação de Deus. A salvação, a misericórdia de Deus criarão a plenitude de vida eternamente. Jesus traz para o mundo o A ação futura de Deus é o fundamento para o mandamento do amor ao inimigo. Esse mandamento chama filhas e filhos de Deus, libertados pela graça, para imitar Deus, o Pai misericordioso. Pela graça e fé, ao imitarmos Deus no mundo, nos incluímos no novo, na plenitude que virá das mãos de Deus. Amar o inimigo ilumina o presente, com o que há de vir – a nova Criação sem ódio, violência, humilhação, julgamento, humilhação, roubo, injúria, perseguição. Essa é a promessa de Deus. Essa palavra do evangelho de Lucas nos desafia a perguntar pelos nossos inimigos. Identificá-los. Muitos são os nossos inimigos, que também são inimigos de Deus. Todos os seres humanos que odeiam seus pais, Pais que odeiam filhos, que matam, roubam, adultera, mentem e praticam injuria, cobiçam, humilham, perseguem ... são inimigos da vida no mundo e inimigos de Deus. Nós mesmos podemos agir como inimigos uns dos outros e de Deus. Há inimigos entre nós, na comunidade, em muitos lares, na rua, no trabalho nos espaços de lazer, no trânsito, em todos os lugares. Entre nós e na sociedade – lá onde estiver o ser humano haverá violência, ódio, condenação, perseguição, roubos, humilhações, desprezo, ganância, mentira, ilusão. Mas Deus pode transformar, salvar os seres humanos. Com fé em Deus e praticando a sua misericórdia, nós pecadoras e pecadores podemos construir comunhão, armazenar bênçãos, descobrir o sentido para a vida, cuidar uns dos outros, receber coragem para servir, nos organizar em comunidade do Salvador Jesus Cristo e fazer a diferença. Quando praticamos a misericórdia de Deus, ganhamos a graça de no mundo participar dos sinais e da luz que aponta para o futuro, a plenitude da vida. Onde não haverá inimigos. O amor ao inimigo é mais um motivo que nos tornam sedentos de comunhão com Deus, de ouvir a sua palavra, de participar dos seus sacramentos, louvar, adorar, construir, sustentar comunidades, organizar grupos para agir, amar, cuidar, ouvir e falar, testemunhar e servir.
8 de dezembro de 2021
Maria participou na missão de Deus
Maria estava grávida do menino Jesus, o filho de Deus. Ela participou na missão de Deus de revelar ao mundo e à Criação o rosto do amor, o poder salvador.
Isabel disse a Maria — Bendita é você entre as mulheres, e bendito o fruto do seu ventre! E que grande honra é para mim receber a visita da mãe do meu Senhor! Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor.
A fé e a confiança no que virá envolveu Maria de alegria, a alegria de ser serva do amor de Deus, a alegria de participar da ação salvadora de Deus, de nascer no mundo, através do menino Jesus.
Maria está alegre. Uma israelita que recorda a ação de Deus a partir de Abraão. Ela sabe que, através da história, Deus sempre foi fiel. Ela conhece o amor de Deus. Ela acredita no que lhe foi anunciado, acredita na promessa de Deus, de torná-la mãe do Seu Filho Jesus, o Salvador.
Felizes somos nós, hoje, que nos alegramos ao participar da missão de Deus de amar as pessoas, cuidar, doar, proteger, ouvir, orientar, de carregar fardos juntos. Felizes somos quando participamos em comunidades de Jesus Cristo, louvamos e agradecemos, nos alimentamos da palavra e do evangelho. Assim, encantados pela obra salvadora de Deus, com fé e coragem, tal como Maria, esperamos e confiamos nas promessas de Deus, na vida nova, no novo que virá das mãos de Deus.
Logo já é Natal do menino Jesus. Temos motivos para a alegria e para alimentar a nossa fé nas promessas e na ação salvadora de Deus. Podemos ser como Isabel e Maria. Podemos participar da obra maravilhosa de Deus de iluminar o mundo com suas dádivas, com o seu amor, com o seu gesto de nos estender a mão, colocar-nos em seu colo, e nos guiar pelos caminhos de paz, de justiça, de fraternidade, de abrir os nossos olhos para vermos horizontes, traços e cenários do novo que chegará.
Abençoado Advento! Logo vem o dia de celebrar e viver a fé na ação maravilhosa de Deus, na doação do amor, da luz, da salvação ao mundo e à humanidade. Que a presença de Deus lhe transforme e lhe encha de alegria. Participe da missão de Deus, não só com palavras, mas de fato e de verdade. Paz para você e para a sua casa!
7 de dezembro de 2021
Caminhar com Deus para o novo
Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e o mais ele fará. Sl 37.5
Uma palavra de confiança e esperança, fruto da fé do povo de Deus. Caminhar para o novo com a certeza de que Deus está à frente. No caminho haverá coisas ruins e coisas boas. O caminho não será uma escada que avança perfeitamente em direção ao céu. Ele é como uma estrada em que há belas paisagens, mas também abriga tempestades, que oferecem risco a quem caminha. Essa palavra do Salmo anuncia a fé de quem já confiou o seu caminho a Deus, e viu que Ele se faz presente, guia e salva.
A passagem para um novo ano traz esta mensagem. É semelhante a uma estrada que ainda não conhecemos e, por isso, não conseguimos prever tudo o que acontecerá. É preciso crer. Partir em direção ao novo com a confiança de que Deus está conosco e que chegaremos salvos no final da jornada. Assim, em cada novo ano superamos acontecimentos desafiadores, e construímos momentos de comunhão uns com os outros e com Deus, em meio à alegria e à dor, marcados por fracassos e superações.
A repetição deste rito de passagem a cada final de ano pode parecer algo repetitivo e rotineiro. Mesmo assim, sempre esperamos o novo e alimentamos a esperança de que, com Deus, a vida será melhor nos próximos 365 dias de caminhada. Deus está conosco, e tal como o salmista orienta entregamos o novo que virá nas mãos de Deus. E, pela fé, descobrimos que há sempre espaço para a esperança de que coisas boas e novas nos aguardam, mesmo em meio aos desafios do cotidiano. Ano novo. Vamos caminhar!
O Encontro dos pastores com Maria, José e o menino Jesus
A tradição cristã nos facilita ter em mente o cenário do local onde nasceu Jesus. A estrebaria, os animais, o menino deitado na manjedoura, Maria e José. E não podemos esquecer os pastores de rebanho. Belém era uma região propícia para a criação de rebanhos ovinos. Certamente os pastores mantinham tradições do povo nômade. Sustentavam-se cuidando dos seus rebanhos. As estrebarias eram seus espaços de descanso, e em suas mediações acampavam, trabalhavam e viviam.
Os pastores foram surpreendidos pelos anjos de Deus que anunciaram a eles a notícia do nascimento do salvador: “Um anjo do Senhor apareceu, e uma luz gloriosa brilhou...E a alegre notícia chegou: Hoje nasceu na cidade de Davi o salvador, o Messias, o Senhor. Os anjos espalharam alegria. Fizeram uma cantata. Cataram “Glória a Deus nas maiores alturas do céu! E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem! (Lc 2.8-14).
Os pastores foram os primeiros a chegar ao local do nascimento do Salvador, ali encontraram Maria, José e o menino na manjedoura. E contaram o que tinham visto e ouvido. Aquele encontro gerou diálogo, acolhida, comunhão, segurança e paz. E Maria guardava as conversas, os relatos e o testemunho em seu coração.
Jesus nasceu em um espaço típico de um povo nômade. Eles eram desprezados, considerados impuros. Os fariseus – grupo religioso da época, os acusavam de enganadores e ladrões. Não tinham direitos civis. A vida e as atividades deles era a mesma dos grandes personagens da Bíblia: Abel, filho de Adão, as famílias de Abraão, Jacó, Arão, Moisés, Davi. Assim viveu a maioria que criou o Estado de Israel, chamado na Bíblia de povo de Deus.
Os pastores de Belém, o povo rejeitado e considerado sem dignidade, foram os primeiros a receberem a notícia do nascimento de Jesus o Salvador. Maria, José e o menino Deus foram acolhidos, recebidos pelos criadores de animais, os pastores de Belém.
No Natal em UNIÃO precisamos destacar essa escolha, essa ação de Deus, revelada no cenário do encontro de José, Maria, o menino Deus com os pastores de Belém. Testemunhamos que o salvador veio para um mundo de contradições, injustiças, exclusões. E, assim, iniciou a sua ação salvadora no mundo a partir dos sem poder e desprezados.
O Natal em União destaca essa ação maravilhosa de Deus, que veio ao mundo para reconciliar, transformar e fazer novas todas as coisas. O menor é o mais importante. Ninguém pode faltar ao banquete da vida. Nasceu no mundo o Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. E a estrabaria, a realidade e o contexto dos desprezados e humildes não lhe são estranhos. E nós, nesse tempo em que vivemos, somos esse povo que necessita da notícia nova da salvação, de diálogo, acolhimento, segurança, paz, amor, e luz para os nossos caminhos.
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