2 de março de 2022
Estamos prontos para o novo?
Há sinais de graça e de paz. O poder de morte da pandemia está se definhando. Certamente chegarão dias melhores, dias de graça e de fé no novo que virá e, em fragmentos, já está presente. Estamos no tempo de advento da pós pandemia, em gestação, grávido de novidades.
Precisamos primeiro olhar com atenção e cuidado, para o que já acontece entre nós. Antes de reunir muitas ideias e correr o risco de flutuar da realidade e do contexto em que vivemos, ou arriscar opiniões e diagnósticos infundados sobre o que vem por aí. Vamos olhar com curiosidade e amor para as atividades das comunidades, dos grupos, das lideranças, dos membros. Qual o nível da nossa fidelidade e compromisso com a vida comunitária de fé, com nossas ações de amor, com a nossa participação na missão de Deus?
Percebemos que vamos estar bem com o novo que virá se promovemos o melhor em tudo o que já está vivo, que está em movimento em nossa vida comunitária de fé.
Mas precisamos também reconhecer o pecado de posturas e ações que apressadamente condenam ou negam o presente, sem aprender do que está em curso, que está acontecendo. Não edifica a comparação viciosa daquilo que agora acontece com o passado, com o que escolhemos lembrar do passado. O retorno ao passado compromete o futuro. Jesus ensinou em Lucas 9. 62: “Quem começa arar a terra e olha para trás não serve para o Reino de Deus”. Essa palavra de Jesus fala para nós e nos fortalece. Ter atenção e foco no que está à nossa frente. Se olharmos para trás perdemos o foco e não conseguimos servir ao novo que virá. Ao passado devemos gratidão. E o futuro exige nossa dedicação.
A Igreja de Jesus Cristo, sua dinâmica e poder transformador é um movimento vivo. Ao passado cabe ações de graças, gratidão. Ao novo faz-se necessário desenvolver a capacidade de ver e ouvir, a coragem de envolver-se com o desconhecido, com o frágil, com o que extraordinariamente procede das mãos de Deus.
Rumo ao novo, mesmo que em parte desconhecido, faz bem conceber que há um nível de fragilidade presente nesse caminho. Essa percepção leva à necessidade de cultivar o fortalecimento da fé, da evangelização, do envolvimento em ações de amor. Recebemos essa força quando construímos comunhão, praticamos o evangelho e nos motivamos para caminhar juntos, em comunidade. Sabemos que a construção de comunhão e a movimentação conjunta exigem preparação, atualização e motivação de todas e todos: membros, cada pessoa batizada, lideranças, presbíteros, presbíteras, coordenadores e coordenadoras, ministros e ministras. Oramos a Deus: Vem com o seu Santo Espírito e desperte todas e todos nós para o novo, para o que vem. Dá-nos a vida, dá-nos liberdade, dá-nos a salvação.
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