No passado e nos tempos de hoje perguntamos: Para onde iremos? Para quem iremos? Essas dúvidas surgem de um enorme vazio: falta amor, diálogo, comunhão, pão, dinheiro, justiça, solidariedade, partilha, alegria, gratidão. O que vai acontecer? Onde ancorar o nosso barco? Em qual fundamento construir a nossa vida?
O Evangelho de João (6.7-8) narra uma crise. Em certo momento muitos que seguiam Jesus o abandonaram. Então Jesus perguntou aos seus discípulos mais próximos: Vocês também querem ir embora? Simão Pedro responde: Quem é que vamos seguir? O Senhor tem as palavras que dão vida eterna.
Na crise daquele tempo, Pedro e os demais discípulos optaram em seguir ao Deus que veio ao mundo iluminar a escuridão, fundamento permanente, eterno, a vida que permanece – o Cristo de Deus – a presença salvadora de Deus na vida e no mundo.
Hoje acontece um esvaziamento dos fundamentos e valores da vida. Cada um passou a ser o centro e o juiz de tudo e de todos. Abandonaram Jesus Cristo. Outros fizeram pior: Criaram um Jesus semelhante ao cachorrinho de estimação, e o domesticaram. Fazem discursos, espetáculos e passeatas, para dar voz e cultivar a imagem do cachorrinho que “adoram”.
Porém, nós temos a opção de Pedro e dos discípulos. Dizer a Jesus Cristo: O Senhor tem as palavras da vida eterna, o caminho, a verdade e a vida. Tu és o fundamento. Vamos te seguir. Fazer o bem. Amar de fato e de verdade. Viver em comunidade. Anunciar o evangelho. Construir esperança, sustentar espaços que abrigam ações de diaconia e de paz.
24 de fevereiro de 2022
Meditação Lucas 6.27-38
Lucas 6.27-38
Destaco nessa meditação: O amor ao inimigo e O chamado para sermos misericordiosos tal como o é nosso Pai. O mandamento do amor ao inimigo atualiza a lei do povo de Deus que exigia amar o próximo, os compatriotas, e os estrangeiros que viviam em suas terras. (Lv 19.18). Também a ética do Olho por olho e dente por dente (Lv 24.19s) é atualizada. Conforme relato no evangelho de Lucas conhecemos o mandamento do amor ao inimigo anunciado por Jesus. Jesus atualiza o mandamento. Amar o inimigo é não imitar o inimigo, não fazer tal como ele faz – Como está escrito em 1 Tessalonicense 5 : não retribui o mal com o mal, mas fazer o bem. Lucas escreve para grupos e comunidades formados por pessoas da cultura grega, chamados de gentílicos. Muitos eram os inimigos dos cristãos. O texto nos permite uma lista de inimigos daquela época: Os que odiavam, que amaldiçoavam, que maltratavam, os que batiam no rosto – desrespeitavam, que roubavam a roupa – a capa – do outro, os que tiravam os bens, recebiam empréstimos e não devolviam, os que julgavam e condenavam. Certamente os grupos e comunidades cristãs eram perseguidos, humilhados e desconsiderados. Em todo o texto está presente o chamado para fazer a diferença. A comunidade de Jesus Cristo é chamada para vencer o mal com a misericórdia, com o amor. O texto fecha com a admoestação para amar, perdoar, emprestar, não julgar, doar a roupa toda – se preciso – Fazer ao outro, à outra, a mesma coisa que gostaria que elas fizessem por você. Ser misericordioso assim como é o Pai. Essa é a diferença: Ser misericordioso assim como é o vosso Pai. Nesse texto aprendemos de Jesus que os filhos e filhas de Deus precisam fazer a diferença. Ter a coragem de fazer mais do que o que todos fazem. – Disse: Os maus também amam os maus. Os maus também ajudam os maus. Jesus diz que é preciso imitar a Deus – Ser misericordiosos como Deus é misericordioso, ao ponto de amar o inimigo. Essa nova ética proposta por Jesus, viver a ação misericordiosa de Deus. Prática que leva os cristãos a fazerem a diferença. Ou seja, não ser, não se comportar, não agir como os maus. A promessa de Deus, que haverá um novo céu e uma nova terra – Apocalipse; o anúncio de um banquete em que todos os povos participarão, são anúncios da futura ação de Deus. A salvação, a misericórdia de Deus criarão a plenitude de vida eternamente. Jesus traz para o mundo o A ação futura de Deus é o fundamento para o mandamento do amor ao inimigo. Esse mandamento chama filhas e filhos de Deus, libertados pela graça, para imitar Deus, o Pai misericordioso. Pela graça e fé, ao imitarmos Deus no mundo, nos incluímos no novo, na plenitude que virá das mãos de Deus. Amar o inimigo ilumina o presente, com o que há de vir – a nova Criação sem ódio, violência, humilhação, julgamento, humilhação, roubo, injúria, perseguição. Essa é a promessa de Deus. Essa palavra do evangelho de Lucas nos desafia a perguntar pelos nossos inimigos. Identificá-los. Muitos são os nossos inimigos, que também são inimigos de Deus. Todos os seres humanos que odeiam seus pais, Pais que odeiam filhos, que matam, roubam, adultera, mentem e praticam injuria, cobiçam, humilham, perseguem ... são inimigos da vida no mundo e inimigos de Deus. Nós mesmos podemos agir como inimigos uns dos outros e de Deus. Há inimigos entre nós, na comunidade, em muitos lares, na rua, no trabalho nos espaços de lazer, no trânsito, em todos os lugares. Entre nós e na sociedade – lá onde estiver o ser humano haverá violência, ódio, condenação, perseguição, roubos, humilhações, desprezo, ganância, mentira, ilusão. Mas Deus pode transformar, salvar os seres humanos. Com fé em Deus e praticando a sua misericórdia, nós pecadoras e pecadores podemos construir comunhão, armazenar bênçãos, descobrir o sentido para a vida, cuidar uns dos outros, receber coragem para servir, nos organizar em comunidade do Salvador Jesus Cristo e fazer a diferença. Quando praticamos a misericórdia de Deus, ganhamos a graça de no mundo participar dos sinais e da luz que aponta para o futuro, a plenitude da vida. Onde não haverá inimigos. O amor ao inimigo é mais um motivo que nos tornam sedentos de comunhão com Deus, de ouvir a sua palavra, de participar dos seus sacramentos, louvar, adorar, construir, sustentar comunidades, organizar grupos para agir, amar, cuidar, ouvir e falar, testemunhar e servir.
Destaco nessa meditação: O amor ao inimigo e O chamado para sermos misericordiosos tal como o é nosso Pai. O mandamento do amor ao inimigo atualiza a lei do povo de Deus que exigia amar o próximo, os compatriotas, e os estrangeiros que viviam em suas terras. (Lv 19.18). Também a ética do Olho por olho e dente por dente (Lv 24.19s) é atualizada. Conforme relato no evangelho de Lucas conhecemos o mandamento do amor ao inimigo anunciado por Jesus. Jesus atualiza o mandamento. Amar o inimigo é não imitar o inimigo, não fazer tal como ele faz – Como está escrito em 1 Tessalonicense 5 : não retribui o mal com o mal, mas fazer o bem. Lucas escreve para grupos e comunidades formados por pessoas da cultura grega, chamados de gentílicos. Muitos eram os inimigos dos cristãos. O texto nos permite uma lista de inimigos daquela época: Os que odiavam, que amaldiçoavam, que maltratavam, os que batiam no rosto – desrespeitavam, que roubavam a roupa – a capa – do outro, os que tiravam os bens, recebiam empréstimos e não devolviam, os que julgavam e condenavam. Certamente os grupos e comunidades cristãs eram perseguidos, humilhados e desconsiderados. Em todo o texto está presente o chamado para fazer a diferença. A comunidade de Jesus Cristo é chamada para vencer o mal com a misericórdia, com o amor. O texto fecha com a admoestação para amar, perdoar, emprestar, não julgar, doar a roupa toda – se preciso – Fazer ao outro, à outra, a mesma coisa que gostaria que elas fizessem por você. Ser misericordioso assim como é o Pai. Essa é a diferença: Ser misericordioso assim como é o vosso Pai. Nesse texto aprendemos de Jesus que os filhos e filhas de Deus precisam fazer a diferença. Ter a coragem de fazer mais do que o que todos fazem. – Disse: Os maus também amam os maus. Os maus também ajudam os maus. Jesus diz que é preciso imitar a Deus – Ser misericordiosos como Deus é misericordioso, ao ponto de amar o inimigo. Essa nova ética proposta por Jesus, viver a ação misericordiosa de Deus. Prática que leva os cristãos a fazerem a diferença. Ou seja, não ser, não se comportar, não agir como os maus. A promessa de Deus, que haverá um novo céu e uma nova terra – Apocalipse; o anúncio de um banquete em que todos os povos participarão, são anúncios da futura ação de Deus. A salvação, a misericórdia de Deus criarão a plenitude de vida eternamente. Jesus traz para o mundo o A ação futura de Deus é o fundamento para o mandamento do amor ao inimigo. Esse mandamento chama filhas e filhos de Deus, libertados pela graça, para imitar Deus, o Pai misericordioso. Pela graça e fé, ao imitarmos Deus no mundo, nos incluímos no novo, na plenitude que virá das mãos de Deus. Amar o inimigo ilumina o presente, com o que há de vir – a nova Criação sem ódio, violência, humilhação, julgamento, humilhação, roubo, injúria, perseguição. Essa é a promessa de Deus. Essa palavra do evangelho de Lucas nos desafia a perguntar pelos nossos inimigos. Identificá-los. Muitos são os nossos inimigos, que também são inimigos de Deus. Todos os seres humanos que odeiam seus pais, Pais que odeiam filhos, que matam, roubam, adultera, mentem e praticam injuria, cobiçam, humilham, perseguem ... são inimigos da vida no mundo e inimigos de Deus. Nós mesmos podemos agir como inimigos uns dos outros e de Deus. Há inimigos entre nós, na comunidade, em muitos lares, na rua, no trabalho nos espaços de lazer, no trânsito, em todos os lugares. Entre nós e na sociedade – lá onde estiver o ser humano haverá violência, ódio, condenação, perseguição, roubos, humilhações, desprezo, ganância, mentira, ilusão. Mas Deus pode transformar, salvar os seres humanos. Com fé em Deus e praticando a sua misericórdia, nós pecadoras e pecadores podemos construir comunhão, armazenar bênçãos, descobrir o sentido para a vida, cuidar uns dos outros, receber coragem para servir, nos organizar em comunidade do Salvador Jesus Cristo e fazer a diferença. Quando praticamos a misericórdia de Deus, ganhamos a graça de no mundo participar dos sinais e da luz que aponta para o futuro, a plenitude da vida. Onde não haverá inimigos. O amor ao inimigo é mais um motivo que nos tornam sedentos de comunhão com Deus, de ouvir a sua palavra, de participar dos seus sacramentos, louvar, adorar, construir, sustentar comunidades, organizar grupos para agir, amar, cuidar, ouvir e falar, testemunhar e servir.
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