25 de dezembro de 2013

Mensagem de Natal, 2013

A paz do Deus de amor, que nasceu no mundo, seja com todas e todos. Feliz Natal !
Estamos felizes porque Deus nasceu no mundo! Esse ato de amor é o motivo da nossa festa, da celebração do Natal. Ele, ao tornar-se pessoa humana, desde o menino Jesus que nasceu em Belém, colocou-se ao nosso lado de igual para igual. Ele está conosco. Ele é Deus de amor, Deus amigo e parceiro na realidade em que vivemos.
Em nossas cidades vivemos em meio ao sofrimento, as injustiças e as desigualdades horríveis. Nelas não existe lugar para todos e todas. Conseguimos ver claramente a dimensão lastimável do pecado humano. Há pouca paz!
Mas, entre nós, também conhecemos e vivemos a dimensão da graça. Na escuridão, em meio as contradições e a violência encontramos paz. Pela fé, vivemos ao lado do Deus Emanuel, o Deus conosco, que na escuridão veio iluminar sinais de justiça, de amor, de comunhão e santidade nas pessoas em praças e ruas, em comunidades e casas.
Nos espaços das cidades estão espelhadas a nossa dimensão humana: Pecadora e justa. Isso é assim porque nesses contextos de morte, o menino Deus, Jesus, nasceu e instalou, em nós e no mundo, a dimensão da graça, o poder do amor, a sede de justiça e de comunhão.
Ele escolheu a nossa humanidade para revelar o seu amor e a salvação. Ele veio nos convidar para participar do seu reino tal como somos, com os nossos dons e erros, com a nossa alegria e tristeza, com as nossas perdas e vitórias, com os nossos acertos e pecados.
Esta é a beleza de Deus, a beleza do Natal. Este é o "Jubiloso tempo santo de Natal". Deus tornou-se gente, veio conhecer o nosso inferno e resgatar nossa dignidade, veio conceder-nos o dom de participarmos da sua plenitude, quando mesmo pecadores podemos criar sinais da paz e de comunhão.
Muito tempo antes do Natal, o profeta Isaías anunciou: Eis que uma jovem mulher conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa Deus conosco." Mateus 1,23
Essa esperança do profeta, apropriada pelo povo de Deus, tornou-se realidade. E hoje, com Deus ao nosso lado, sem paz buscamos a paz, acreditamos na paz. Ameaçados pelos poderes da morte vivemos com o gosto da eternidade. Escravizados pelas injustiças, desigualdades, mentiras, corrupção, somos tocados e preparados, pelo Espírito da Santificação, para resistir, amar, tornar-se verdadeiros, parceiros, e construir entre nós a comunhão, a festa da alegria, a esperança do novo que virá.
Com Deus ao nosso lado festejamos a esperança e fortalecemos a comunhão que antecipa, na nossa realidade humana, justa e pecadora, sinais de paz, da eterna beleza da vida.  Por isso oramos:
Vem, ó Deus de amor, e ilumina nossas cidades e nossas vidas.

Feliz Tempo Santo de Natal !

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O Natal nas cidades

O povo que andava na escuridão viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas. Isaías 9.2
Esta Palavra do profeta Isaías está  num contexto em que ele denunciou as loucuras do povo, a escuridão instalado em Israel e Samaria. E anunciou a chegada do Príncipe da Paz e de um novo tempo. O profeta proclamou que nas trevas resplandeceria a luz.
A festa do Natal de Jesus nas cidades também transita entre as trevas e a luz. Cremos que Jesus nasceu na escuridão. Nasceu em meio ao pecado. Deus tornou-se pessoa humana para iluminar a escuridão da humanidade.  O Deus salvador, Jesus,  a luz do mundo, está  ilumina as cidades.
Nas semanas antes do Natal as nossas cidades são enfeitadas com muitas  luzes. As lojas, os Centros de Compras, as torres, as árvores das avenidas, praças, prédios e os quintais das casas se vestem de luzes coloridas. Aqui em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, antes do Natal, os moradores da cidade visitam as avenidas e bairros mais iluminados. Admiram as grandes árvores de Natal. As luzes encantam. As crianças ficam maravilhadas, os seus olhos brilham. Os adultos  se juntam às crianças e também se  alegram com as luzes, os enfeites.
Nesse contexto, tocadas pelas luzes e fantasias, as pessoas e famílias também enfeitam suas casas, salas, portas e jardins. Afinal, no início, as luzes do Natal foram símbolos da família cristã e dos Templos das comunidades cristãs. Os enfeites dos Natal saíram das casas e, como vento, se espalharam pela cidade.
Desconfiamos das intenções e motivações dos que financiam essa transformação das cidades no tempo do Natal. Nos Centros de Compras todos os lojistas contribuem para absorver os custos dos enfeites e das atividades lúdicas da época.  Aprenderam que se o Centro de Compras está cheio de luzes muitos vem para ver. E compram! Alegres e encantados consomem para além das suas necessidades. O Natal dá lucro! O poder público, por sua vez, enfeita as ruas, praças, e avenidas.  E as despesas geralmente são embutidas na arrecadação de impostos, ou financiado em parceria com as associações do comercio. A cidade enfeitada fica famosa. E todos esquecem, por um breve tempo, dos desafios e da escuridão instalada na cidade.
Natal é tempo de trevas e de luz.  Somos  envoltos por luzes e escuridão. Mas, não ficamos desanimados. Porque cremos que Deus mostra o seu rosto salvador nessa nossa situação. Ele está presente em nossas cidades, enfeitadas e iluminadas no tempo de Advento e Natal.  E algo misterioso acontece. As luzes da cidade organizadas e manipuladas por pessoas humanas criam escuridão. E o Príncipe da Paz,  na escuridão da cidade, nasce e ilumina. Na aparente ausência de Deus nasce a presença de Jesus, o Filho de Deus.

Tocados pela luz do Natal de Jesus recebemos discernimento para escapar e ajudar aos outros a escaparem da luz que ofusca. E, ao mesmo tempo, conhecer as trevas iluminadas.  Nessa situação dinâmica, quase sem o nosso próprio controle, em meio as luzes e a escuridão, nos movimentamos em direção ao Deus salvador. Buscamos saúde e pão, imploramos auxílio, justiça e paz, luz para os nossos caminhos. Assim,  somos encorajados e chamados para se movimentar  em direção a missão de Deus, e participar da sua ação transformadora, qual seja, de iluminar a escuridão das pessoas e das cidades. 

Desafios da Igreja nas cidades

Entre os desafios das Igrejas na metrópole, em especial, das comunidades da nossa IECLB escolho o teológico: Onde está a Cruz de Cristo nas Cidades? Onde estão os sinais da ressurreição?
Esse assunto é prioridade para os cristãos da cidade. Quem tem olhos só para ver milagres, prosperidade, vitória, prazer, sucesso, não tem olhos para enxergar que Deus se revela no Crucificado.  Martim Lutero afirmou que o conhecimento verdadeiro de Deus passa pelo Jesus crucificado.  Na cruz Deus revela o rosto da graça e do amor. Quem enxerga a Cruz de Cristo estampada  na realidade urbana vê sinais da ressurreição, conhece a paz do Cristo de Deus.
Esse desafio teológico passa pela necessidade da contextualização da teologia, do falar de Deus, da constante tentativa de dar linguagem e voz à sua revelação, em espaços urbanos, com as pessoas da cidade. Na aparente ausência de Deus está a presença de Deus.  As pessoas estão sempre em busca de felicidade, justiça e pão; também querem libertação da morte. Elas movimentam-se  em direção a Deus. Buscam a superação das suas fraquezas e necessidades. Os seus olhares, no entanto, direcionam-se ao sucesso, à prosperidade, à magia e ao poder e, assim, permanecem cada vez mais longe de Deus. Já a busca por comunhão com Deus e com as pessoas da cidade, que  passa  pela realidade da cruz, pelo aparente abandono de Deus,as levam a cura e a felicidade com dignidade. Por isso cremos que também as Metrópoles abrigam a contínua presença salvadora de Deus, através do Cristo da Cruz e da Ressurreição.

O enfrentamento a esse desafio teológico conduz as Igrejas e as Comunidades ao diálogo e a interação com o seu contexto urbano, onde está estampada a Cruz de Cristo. Ali, pela graça e ação do Espírito Santo, através da Diaconia e da missão, as pessoas e as comunidades podem conviver com os sinais do reino de Deus e olhar com liberdade para os sinais transformadores da ressurreição.

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